há registros do uso da cúrcuma (também chamada de açafrão da terra) pelos indianos e indonésios de 4 mil anos atrás. Os mercadores árabes foram os responsáveis por espalhar o tempero pelo mundo.
De acordo com Aderson Moreira da Rocha, clínico-geral e presidente da Associação Brasileira de Ayurveda, nos últimos anos surgiram mais de 300 artigos científicos que atribuem à curcumina e aos curcuminoides, seus compostos fitoquímicos, a capacidade de combater do aumento do colesterol a problemas autoimunes e cardíacos. Mas é mesmo na briga contra o câncer que o tempero tem brilhado. “O Centro de Câncer MD Anderson, nos Estados Unidos, líder em pesquisas sobre a doença, orienta os pacientes a adotarem, de forma gradual, a dose de 8 gramas de curcumina ao dia”, conta Rocha. Isso dá umas duas colheres de sopa do tempero. O Brasil também tem estudos nesse campo. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o professor de bioquímica José Cláudio Moreira avaliou o uso da curcumina no câncer cerebral de cobaias. “Constatamos a diminuição de 45 a 60% dos tumores nos animais que receberam a substância. E sem efeito tóxico”, relata. Acredita-se que ela atue sobre uma proteína superestimulada nas células de glioblastomas (um dos cânceres de cérebro mais agressivos) e tem papel-chave tanto no controle da doença como na resistência à quimioterapia. A planta é foco de outros experimentos na UFRGS. “Foi comprovado um efeito positivo sobre processos degenerativos e inflamatórios, como os da artrite e da artrose, nos sintomas da menopausa e até na perda de memória”, diz Moreira.
Com o que combina: picante, a cúrcuma intensifica o sabor de molhos, carne vermelha, frango, peixes, vários tipos de arroz, sopas e legumes e verduras cozidos. |
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